12 de Março
E o Senhor trouxe sobre a terra um vento oriental todo aquele dia e
toda aquela noite; quando amanheceu, o vento oriental tinha trazido os
gafanhotos… Então se apressou Faraó em chamar a Moisés e a Arão… Então o
Senhor fez soprar fortíssimo vento ocidental o qual levantou os
gafanhotos e os lançou no Mar Vermelho; nem ainda um só gafanhoto restou
em todo o território do Egito. (ÊX 10.13, 16, 19.)
Observemos como, nos dias antigos, quando o Senhor lutava por Israel
contra o cruel Faraó, os ventos operaram livramento; o que, aliás,
tornamos a ver naquela grande demonstração do poder de Deus — o golpe
final que Ele lançou contra o orgulhoso desafio do Egito.
Deve ter parecido a Israel uma coisa estranha e quase impiedosa
verem-se cercados por tão grande hoste de perigos — pela frente, o mar a
desafiá-los; de cada lado, os picos rochosos tirando-lhes toda
esperança de fuga; sobre eles, como que a formar-se um furacão.
Era como se o primeiro livramento tivesse vindo para posteriormente
entregá-los a uma morte inevitável.
Para completar o terror, ergueu-se o
grito: os egípcios vêm vindo atrás de nós!
Quando parecia que haviam caído nas mãos do inimigo, então veio o
glorioso triunfo.
E vieram os ventos e afastaram as ondas, e os
exércitos de Israel avançaram através da vereda aberta no grande leito
do mar — tendo como abóbada protetora o amor de Deus.
De cada lado
estavam as paredes de água, brilhando à luz da glória do Senhor; e acima
deles soprava o forte vento.
Assim foi por toda a noite; e quando, ao romper do dia seguinte, os
últimos homens de Israel puseram o pé do outro lado do mar, o trabalho
do vento estava terminado.
Então Israel cantou ao Senhor o cântico do vento que servira ao
cumprimento da Sua Palavra.
“O inimigo dizia: Perseguirei, alcançarei,
repartirei os despojos… Sopraste com o teu vento, o mar os cobriu:
afundaram-se como chumbo em águas impetuosas.”
Um dia, pela grande misericórdia de Deus, nós também estaremos de pé
sobre o mar de vidro, tendo nas mãos a harpa de Deus. Então cantaremos o
cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: “Justos e
verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!”
Então saberemos como os ventos fortes operaram nosso livramento. Hoje
vemos apenas o mistério da grande tristeza pela qual estamos passando;
depois compreenderemos que o inimigo ameaçador foi banido exatamente
naquela noite de temor e pesar.
Agora olhamos apenas a perda; depois saberemos que a perda foi um
golpe sobre aquele mal que estava ameaçando nos prender com seus
grilhões. Hoje estremecemos ante os ventos sibilantes e os trovões que
rugem; mais tarde veremos que eles afastaram as águas da destruição e
nos abriram o caminho para a terra da promessa. — Mark Guy Pearse
“Ele voa sobre as asas do vento.”

Nenhum comentário:
Postar um comentário